domingo, 7 de março de 2010

A MINHA FOME

Uma boa surpresa; quero dizer um encontro inesperado cheio de carinho. Uma conversa que me acrescente. Sou uma boa ouvinte desde que o que me digas seja verdadeiro e importante, mesmo que apenas para ti. Pode me perguntar o que achar mais íntimo, mas de maneira delicada. Sei guardar segredos, pode confiar em mim, não te preucupe em sentir vergonha. Não tente me impressionar, me desencanta chamar atenção.
Pode ser uma tarde sem sol com uma brisa que tenha gosto de saudades e vontade de café. Posso estar sozinha, mesmo assim irei me distrair assistindo o movimento descontraído de quem estará ao meu redor. Não me peças desculpas por nada que tenhas me feito, eu nunca consegui acreditar na maioria delas.
Eu leio de novo, repito a fala, às vezes eu descubro uma vírgula a mais ou uma palavra que não havia lido, elas sempre trazem mais sentido ao que está escrito. É que eu me destraio fácil, é difícil me prender.
Faça de novo, de novo e de novo... Pode tentar quantas vezes quiser. Vamos tentar porque o tempo é o que não nos falta. Às vezes achamos que nos falta tempo pelos tolos que somos enquanto jovens, mas na verdade ele sobra, o negócio é que estamos acostumamos com essa mesmisse de sempre. Acostumamos com os mesmos horários, olhares, os mesmos tipos de sons e telefonemas.
Vem comigo, vamos nos inovar, nos descobrir, se não gostarmos tudo bem. Afinal de contas sempre fica tudo bem, de um jeito ou de outro... Com aquela pessoa ou com outra. A verdade é que nada tranca nosso caminho, nós é que queremos parar.
Também não vamos colocar nomes em nossos problemas e nem o passado em nossas dúvidas. Vamos nos encarar, vem comigo, vamos criar coragem para entregar essa responsabilidade à quem a merece.
Posso sair pelas ruas pintando sorrisos. Vou ficar procurando desenhos nas nuvens enquanto não souber o que fazer. Aonde quer que eu esteja, eu vou estar lá. De verdade.
Acredite. Eu não minto sentimentos.
Sendo assim pode não me achar agradável ao opinar, então não me pergunte nada se não quiser ouvir a verdade. O problema é seu. Erros tem de doer ao serem feitos, depois não há o que chorar. Mas se for chorar, chore tudo de uma vez só e no outro dia recomece do zero. É assim que funciona. Também não siga os meus conselhos e nem o de ninguém à risca, arrisque.
Pense. Quebre a cabeça pensando se for algo que realmente importe resolver. O fato de não faltar tempo não justifica o desperdício.
Me dê um susto. Me faça correr. São poucas as sensações tão boas quanto a de rir até a barriga doer.
Não tenha medo. Pode até seguir do seu jeito, fazendo o quiser fazer, saindo para se distrair nas tardes de sol ao invés das minhas nubladas. Mas não tenha medo. Não poupe palavras que serão reais. Não vou me desmontar por uma frase mais pesada. Na minha presença, não tenha medo. Sejamos sinceros e realistas. Carinho pode ser pra outra hora se for.
Eu saio de casa com coisas a fazer, mas sabe-se lá o que pode acontecer. Pode cair aquela chuva e eu continuar caminhando enquanto todos fogem da água. Repito pra mim mesma que o acaso não existe. Conversas em meio ao trânsito com desconhecidos me são comuns e acompanhante. Interessante ouvir um desabafo de vez em quando.
Ah que que há? Fale umas bobagens junto comigo, dane-se o que os outros vão pensar. Amanhã eles não vão nem lembrar de nós, até porque nem os nossos nomes eles sabem. E se estivessem conosco iriam rir também. Se estiver ansioso ou triste, concentre-se na sua respiração, ela é a fonte da nossa tranquilidade. Sejamos gentis mesmo com quem não irá nos acrescentar em nada. Ame.
É isso tudo que me alimenta, é disso tudo que eu tenho fome.

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