terça-feira, 9 de março de 2010

Cr.

Ainda que as pessoas se apressem, que o trânsito voe, que a chuva caia sem parar. Ainda que exista espera, que haja falta de alguns minutos. Esse é o instante que tudo pára. O céu fica mais sereno e cada vez mais reflete o seu azul tranquilizante nas ruas. Se olha para cima num deslumbramento que não espera por nada, ele apenas é. Ele representa algo muito maior do que nossas preocupações. Ele traz nele a natureza e não as nossas invenções traiçoeiras. Ele completa seja o que for que esteja faltando.
O relógio pode seguir, as pessoas podem falar, a cidade pode berrar aos céus o seu barulho cinzento. Nada interfere, tem hora pra tudo, mas nessa tudo pára. Só se observa.

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