quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

a vida é pra ser vivida


V.

Olha, pra ser sincera ando me sentindo cansada de procurar de todas as maneiras um nome ou quase um manual, que defina todo sentimento ou situação em que nos encontramos. Somos realistas, não enfeitamos a realidade e por isso nos acham distantes, mas mal sabem eles que sentimos e enxergamos muito mais do que os outros.
Eu não tenho uma certeza absoluta sobre as nossas dúvidas, se tivesse não estaríamos aqui discutindo, mas eu tenho procurado olhar a vida de uma maneira maior, mais geral; priorizando sentimentos e não rótulos.
Por mais que esses mesmos rótulos de que tentamos escapar nos dêem segurança de saber com quem estamos e até onde iremos, não são eles que tornam algo verdadeiro da noite pro dia. Existem outras maneiras de melhorar isso.
Que bom que tu estás sentindo saudades, sinal de que existe carinho e que tu gostas disso. Então pára de te estranhares pelo fato de gostar, tu não tens que ter medo disso. O medo é só um sentimento que podemos mudar assim como a raiva, tristeza, desejo. Então cuida pra não deixares o medo ocupar lugares de outros sentimentos que possam vir... Pois o medo não nos ajuda em nada. Ele também não serve de aviso como possa parecer. Como aviso a nós mesmas já temos os dois pés bem grudados no chão, que nos inibem de muitas coisas. Eu sei... temos motivos para sermos assim, mas já guardamos tanta coisa para nós mesmas que, dessa vez, pelo menos dessa vez, podíamos nos dar essa chance.
Talvez a gente se magoe, talvez um dia veremos que não gostávamos tanto quanto hoje acreditamos, talvez fiquem como amigos ou não.. talvez muita coisa. Mas não vamos saber se não tentarmos.
Isso não quer dizer que vamos nos jogar de corpo e alma e falar tudo que nos vier à cabeça à quem nos perguntar, afinal nem que quiséssemos seríamos assim.
Mas podemos nos mover mais pelo sentimento e deixar a nossa razão mais de lado.
Se não der certo, o sol vai continuar nascendo, os dias vão seguir nos fazendo esquecer e quando acharmos que estamos livres de toda e qualquer lembrança, novamente nos pegaremos pensando... Sabemos disso, mas acima de tudo teremos uma à outra, então iremos conversar, chorar, rir... e começar tudo outra vez acreditando que desta vez, somente desta vez, fará sentido.

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