terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Gosto

Individualismo. O que essa palavra te lembra?
Egoísmo? Solidão? Apenas "um"? Não, não é por aí...
As pessoas tem uma estranha mania de querer controlar, saber tudo o que o outro faz, por mais que digam não. Temos de nos preucupar com aquilo que o outro faz conosco, à nossa presença, ao nossos olhos. Deixar ele respirar faz bem. Nem sempre ele vai querer contar o que aconteceu, compartilhar logo a ti o que pra ele foi tão importante. Talvez ele ligue para outro amigo, talvez ele saia com outra pessoa, talvez ele apenas queira guardar pra ele ou não queira contar porcaria nenhuma à ninguém.
Não lemos pensamentos, as nossas falas e vontades não estão sempre escritas em nossos olhares, então não esperemos por aquilo que nem mesmo nós demonstramos. Não peça que o outro te complete, tu por si só tem de se fazer completo. Relacionamentos, acredito eu, acontecem quando dois inteiros se aproximam, não quando duas metades se encontram. Se vai dar certo ou não, é outra história... se vão haver flores de manhã, se vai haver nostalgia em cada nascer de sol e saudade a cada pôr, é prever demais. É querer demais.
Realmente, é um querer, querer estar junto, perto, por dentro. Mas espaço é sempre bom, é como respeito. É respeito ao que o outro sente, que nem sempre cabe a nós saber. De início, as perguntas são como demonstrações de afeto, preucupações. Mas com o passar do tempo elas podem se tornar invasivas, ultrapassando o limite entre precisar e depender. Nós precisamos sim de quem amamos, mas não dependemos deles. Temos pernas para seguir por si só e uma cabeça boa para refletir.
Desejo que tenham bons motivos para ficarem aqui comigo, e mesmo tendo motivos para ficar que tenham asas para voarem quando bem entenderem. Nesse espaço entre nós não há lugar para vaidades.

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