domingo, 21 de fevereiro de 2010

,openmymind,

Queria poder tirar um pouco de cada um, pegar emprestado, um pouco de cada;
coragem, brilho no olhar, sorrisos e força. Montando em mim um mosaico que permanecesse de pé. Mas não, eu busco em mim as peças quebradas, recolho do caminho as que sem querer caíram e faço delas importante em algum lugar. Para assim, devolver as palavras, entregar os fatos à quem agiu. Não busco mais. Não procuro mais em cada pessoa nem em algum novo lugar as explicações. Não cabe mais a mim trazê-las, se tiverem de vir que venham por si só.
Eu ando junto com os meus atos e não faço deles motivos de peso em nenhuma consciência. Não os envolvo à ninguém sem ser eu mesma, não comprometo. Realmente machuca pensar. Não construo demonstrações de qualquer sentimento que seja, porque elas saem sozinhas pelas minhas mãos, boca, cabelos, olhos. Como se tivessem vontade própria me fazem crer que são verdadeiras pois surgem como quem respira aleatoriamente. Como se fossem alguém e não algo.
Venho entendendo realmente que coincidências não existem. Mesmo que seja por apenas um minuto que se encontre alguém, ele é o tempo exato que havia de ser, podendo se tornar breve ou longo mentalmente. Por mais banal que os convites possam parecer, a escolha de ideias que virão com eles é totalmente nossa. Temos como seres humanos esse dom; de criar a nossa realidade da maneira que desejarmos à qualquer instante, mas isso não significa que ela seja real. Então cuidado. Abram os olhos para o que se vê e moldem a mente para o que se ouve, não aceitem as coisas da maneira que sempre se quer. Reciclem as ideias e façam bom uso delas. De que valeriam os erros senão para servirem de conselhos à um futuro?

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