Criar raízes. Firmá-las se possível. Abrir pensamentos. Olhar além do que está a nossa frente, sentir além do que possa ser tocado. Saber, ao menos em pensamento, da outra realidade que podemos enxergar. Falar pela alma, me tornando tua porta-voz, ouvir o que vem de dentro. Fazer por necessidade, por ser preciso. Ir por ser chamada, guiada, atraída, sentida, notada, bem-vinda. Já não me tocam outros olhares, não sinto outras presenças. Não me incomodam as despreucupações alheias, não me fazem falta suas pré-ocupações. Não está lá, está aqui. Não é o lugar, e sim com quem. Não importa a música, apenas a verdade. Não se procura, se encontra, pois chamam de coincidência o que eu chamo de combinado. Dizem especial o que eu chamo de comum. Se explicam por paixão ao invés de pedidos. Não fazem o bem ao outro simplismente por fazê-lo, mas seguem esse caminho por ter como chegada o "eu". Me sinto bem pelo que tenho em mãos, que não tenho em mãos, mas que está entre elas. Elas sentem junto comigo. Não paramos o tempo... Congelamos imagens, gravamos sensações, dejavús de conversas sem sons. Sem querer ouvimos palavras já pensando nas seguintes. Conhecemos pessoas imaginando o amanhã. Esperando algo, não alguém. Sabendo que virá, apenas desconhecendo. Nos acostumamos com o pôr-do-sol, dormimos com a segurança de que haverá o amanhecer. Nos perdemos no labirinto que há dentro de nós e procuramos saída do lado de fora.
Outra expressão de liberdade... Mais um vento puro que se sente ao levantar a cabeça e puxá-lo como se fosse a ultima respiração perante ao sol.
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