como quando o mar recua para a imensa onda que virá. mas esta não destrói, ela alimenta. (...) me questiona, me conhece, me provoca, como se me testasse para chegar a lugar nenhum. (...)
não é malícia, não há nenhum plano arquitetado por trás da nossa distância, insegurança. estamos aqui porque queremos, porque caminhamos até aqui. se me trouxeram, então deixei que me encontrassem.
não há motivos para recuar, não digo que será maravilhoso, não há pedidos a serem esperados, nem promessas a serem feitas. mas se vivemos para somar, não há porque subtrair toda e qualquer emoção.
não, também não é imaturo. que ironia, se é exatamento isso que somos. mas somos somente se nos compararmos àqueles de amanhã. para o nosso tempo, neste momento, diria que essa é a velocidade certa, que até pensamos demais, nós sentimos demais.
nós nos sentimos, temos olhos que filtram, olhos que param enquanto todos se movem. temos olhos que pensam, olhos que estão ligados diretamente ao coração, mas ainda assim são racionais. isso somos nós. esta é a nossa fotografia, esses olhos que também são nossos ouvidos, nossa boca. dizem que estamos certos demais, dizem que estamos errados demais (...) mas eles estão do lado de fora dos nossos olhos, eles não sabem de nós.
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