segunda-feira, 28 de março de 2011

É o que me diz as tuas entrelinhas

A viagem foi longa e intensa, mas nenhum segundo se repetiu, nenhuma palavra se perdeu, nenhum olhar se ignorou. Mas o dia amanhece, a hora de fazer as malas um dia chega, e juntamos do nosso ninho tudo aquilo que achamos que tivéssemos perdido no fundo de algum armário pela madrugada, por julgarmos não serem necessárias comparado ao que tínhamos. Mas hoje revemos tudo o que sobrou, todos os pedaços, todos os cacos de vidros, escritas, todas as lembranças e friezas. Então as guardamos. Seguramos firme essa mala de passado recente da mesma maneira que gostaríamos de segurar firme nossas lágrimas.
Respiro fundo e subo no primeiro trem, sozinha é claro, já que não podemos ser companheiros quando não sabemos aonde descemos.

17:40

Segunda-feira

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